Técnicas de Amarração No BDSM
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BONDAGE X SHIBARI X GUAIMBÊ
Crônicas do Mestre Sade
Embora sejam técnicas de amarração e semelhantes para o leigo, o bondage, o shibari e Guaimbê são bastante distintos.
Bondage é qualquer forma de prender alguém. Pode ser usado genericamente (nesse sentido, por exemplo, o shibari seria uma forma de bondage). Mas quando falamos bondage, normalmente nos referimos à vertente norte-americana da prática – e neste texto usaremos neste sentido.
O bondage é essencialmente pragmático. O objetivo é prender alguém. Para isso podem ser usados os mais variados meios e métodos. Serve tudo: de fita adesiva correntes e cordas. No bondage o importante é o fim: prender alguém, aprisionar (sendo muitas vezes uma preparação para uma prática posterior, como o spank). Não há preocupação estética, por exemplo.
Já o shibari surge no Japão vindo da longa tradição do Hojojutsu, arte marcial cujo objetivo era atar e imobilizar o inimigo.
Da mesma forma que uma arte marcial, o shibari (ou Kinbaku, como normalmente os japoneses chamam) é repassado de mestre para discípulo e tem uma normatização rígida. Não basta, por exemplo, fazer as amarrações e nós criados pelos grandes mestres, é necessário seguir o ritual que inclui desde a posição do shibarista até os movimentos de suas mãos ao longo da amarração.
Essas regras rígidas incluem também o tamanho da corda (8 metros), o tipo de corda (juta natural), os tipos de amarração, os tipos de nós.
Em decorrência da origem no Hojojutsu, o shibari sempre obrigatoriamente fará com que os braços da pessoa amarrada fiquem presos. Embora seja uma técnica mais elaborada e bonita que o bondage americano, o shibari, essencialmente é uma técnica de aprisionamento (muitas vezes aliado à dor) dentro de normas rígidas da tradição do kinbaku.
O Guaimbê se distingue bastante dos anteriores
Para começar que não há a necessidade de aprisionamento. Uma amarração pode ser feita apenas pela sua beleza e prazer dos envolvidos. Amarrações que deixas as mãos soltas, por exemplo, são comuns.
Além disso, não existem regras rígidas ou amarrações fixas. Não é necessário repetir as amarrações criadas pelos grandes mestres ou seguir o ritual. Cada um pode, a partir das amarrações básicas, criar variações, terminar de outros modos, incluir detalhes.
No guaimbê a estética é fundamental. Isso inclui não só a amarração, mas toda a estética da cena: o cenário, a roupa da pessoa amarrada. Esses elementos podem ser unidos para contribuir para o resultado final bonito. Outros elementos estéticos podem ser incluídos, como flores, por exemplo.
Ainda dentro da estética, um grande diferencial é com relação às cordas (geralmente de 10 metros, comprimento que permite mais detalhes na amarração). As cordas geralmente são coloridas. Cor é fundamental. Uma amarração com corda preta, por exemplo, pode ser complementada com roupas coloridas. É comum, por exemplo, unir duas ou mais cores em uma só amarração.
Além disso, é possível juntar cordas diferentes. Embora a maioria das amarrações seja feita com cordas de algodão colorido, pode-se criar as mais diversas variações: algodão com cordas sintéticas, cordas sintéticas com juta, sisal com algodão, algodão com juta. A ideia é exatamente experimentar, criar variações, unir coisas diferentes, cores diferentes, texturas diferentes, sempre em busca do melhor resultado estético.
Assim, enquanto o bondage americano e o shibari visam principalmente o aprisionamento, o Guaimbê busca essencialmente criar prazer sensual e estético. (MestreSade)
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Mestre Sade
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