BDSM: Bondage e Meditação
- Tulipa
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Bondage e meditação
Crônicas do Mestre Sade
Há tempos tenho defendido a relação entre o bondage à prática da meditação.
Agora um educador sexual, o norte-americano Orpheus Black tem usado a arte da amarração como ferramenta de meditação. “É uma maneira de se sentir cuidado e protegido, um método para clarear a mente e se soltar. Algo similar àquilo que os pais fazem ao envolver os bebês com mantas. Esta forma de contê-los faz com que se sintam seguros e cuidados. A ideia é a mesma”, diz ele em matéria da revista Marie Claire.
O sexólogo Chris Donaghue, ouvido pela publicação, acredita que o bondage libera a oxitocina, um hormônio do amor. É liberado, por exemplo, quando se abraça alguém. Esse hormônio, responsável por várias funções, entre eles estimular a produção de leite materno, é um dos responsáveis pelo apego e empatia entre as pessoas.
Ou seja: o bondage, se feito corretamente, tem o mesmo efeito de um abraço e, mais especificamente, do abraço da mãe com o filho.
É reconfortante e relaxante. Observe uma apresentação de shibari (há várias, inclusive no Youtube) e perceberá que a expressão da submissa normalmente é de calma, relaxamento.
Na minha prática, percebi que na sessão o bondage é básico para que a submissa fique menos tensa e nervosa. Conforme as cordas a envolvem, ela vai relaxando e se deixando levar pelo prazer.
Se a amarração provoca esse efeito sobre quem está sendo amarrado, provoca algo semelhante com quem está amarrando. Para começar, o ato de amarrar se assemelha muito a práticas zen, como a cerimônia do chá – é necessária atenção e foco total no presente, no que está sendo feito. Não só pela complexidade das amarrações, mas principalmente porque é necessário amarrar tendo em vista a saúde e o bem estar de quem está sendo amarrado. E, provavelmente, o hormônio oxitocina liberado pela submissa que está sendo amarrada, é sentido pelo dominador, provocando-lhe a sensação de bem-estar. (MestreSade)
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Mestre Sade
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