Me divorciei, e agora?
- Tulipa
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Me divorciei, e agora?
Só em 2014, no Brasil, foram registrados mais de 130 mil divórcios, que deixaram mulheres e homens, com média de 40 e 43 anos respectivamente, solteiros.
Imagine, milhares de brasileiros reaprendendo a viver a vida de solteiro depois de mais de 15 anos de casamento (essa é a média de duração dos casamentos registrados em 2014 pelo IBGE).
Com certeza, se readaptar não é uma tarefa muito fácil. Você passa uma vida vivendo com outra pessoa, fazendo coisas por outra pessoa, pensando primeiro no(a) parceiro(a), antes mesmo de pensar em você. E de repente a única coisa que você tem para cuidar é você mesmo.
É até estranho pensar na liberdade.
Você pode agora ir e vir sem ter que dar satisfação de onde, como, porque e com quem você quer fazer. É tudo tão fácil que você começa a pensar: será que isto está certo?
É que estamos tão acostumados com resistência de tudo e de todos para tudo aquilo que queremos fazer, que quando as coisas fluem e acontecem facilmente sentimos como se algo estivesse faltando. Tudo parece estranho, até parece que está errado. Nos sentimos expostos, desprotegidos, e logo vem a solidão.
Nos acostumamos com a ideia de que ter alguém te enchendo o saco é estar acompanhado. Quando finalmente você pode viver uma vida fácil, livre para viver a liberdade, você mesmo começa a achar que isso é ruim, e não tarda a procurar outro lugar ou outra pessoa para te prender.
Para quê essa fissura em tentar se prender a algo ou alguém?
Você não pode simplesmente acordar e se perguntar: “o que quero fazer hoje?”, e fazê-lo para seu próprio prazer sem nenhum impedimento?
Para quê se punir por ser livre? Qual é o problema em ser livre?
O problema é que a sociedade nos cobra sempre para estarmos sempre presos a algo ou alguém. Se você não tem alguém para te encher o saco, se você faz o que quer, se você leva uma vida fácil, você é ruim.
Estão todos tão presos e tão atolados em infelicidade, que ninguém deseja ver ninguém melhorar, afinal, ninguém acredita que possa melhorar. É mais fácil trazer todos para a lama do que todos se unirem para sair de dentro dela, juntos.
Lembre-se de uma coisa, ninguém paga suas contas. E ninguém vai viver sua vida, só você.
Você nasceu sozinho, sem dar satisfação para ninguém. E você vai morrer sozinho, de novo, sem ter que dar satisfação para ninguém. Então para quê você vai passar sua vida se explicando, tentando mostrar ser quem você não é para os outros?
Quer saber? Faça um desafio: comece pelo sexo.
Independentemente de há quanto tempo você está divorciado, faça o que você tem vontade no sexo.
Isso mesmo, transe com quem você quiser, na hora que você quiser, quantas vezes você puder, do jeito que você achar melhor (mas use camisinha, pelo amor de Deus). O importante é sentir o prazer sexual.
Se permita sentir prazer sexual.
Se transar com outro alguém ainda for demais para você, transe com você mesmo. Compre um vibrador ou um masturbador e transe o dia inteiro! (veja modelinhos de vibradores aqui e de masturbadores clicando aqui)
O importante é você experimentar como é ser você sem ter que se explicar para um terceiro.
O outro não existe na sua vida, só se você quiser, pense nisso.
Quando você finalmente entender a sua liberdade no sexo, você vai começar a compreender a sua liberdade na vida. E vai perceber que estar preso um dia, te ensinou muitas coisas, mas que agora você não troca sua liberdade por nada desse mundo.
Mais adiante ainda, vai entender que na sua liberdade você escolheu se prender a alguém, assinando um papel chamado casamento, e que depois, na sua infinita liberdade decidiu sair.
Só não se coloque no papel de vítima, a escolha foi sua, então assuma a responsabilidade.
Todos temos a liberdade de nos prender e nos soltar quando quisermos. O importante é experimentarmos e aprendermos com as diferentes situações.
Você aprendeu coisas e se descobriu enquanto você foi solteiro(a), e quando foi casado(a), agora se descubra e aprenda o tanto quanto for possível nessa sua nova fase.
Arrase.
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Por Letícia Miranda
Consultora de Relacionamento e Sexualidade, Terapeuta Holística.
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